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 Em janeiro de 1997, mais de 100 universidades americanas já haviam assumido compromisso formal em participar do projeto. No mesmo ano, a CANARIE - Canadian Network for Advanced of Research Industry and Education, foi a primeira rede fora dos EUA a inaugurar um acordo de cooperação internacional para participação na Internet 2. Desde então, a demanda para o estabelecimento de acordos internacionais para conexão à Internet 2 tem sido cada vez maior. Essa tendência tem promovido a implantação de enlaces internacionais que vão assegurar a interoperabilidade global de redes avançadas, permitindo a colaboração entre centros de pesquisa, universidades e demais instituições acadêmicas em todo o mundo para o desenvolvimento de tecnologias de rede de última geração.  A participação de instituições estrangeiras na Internet 2 é estabelecida através de "Memorandos de Entendimento", conhecidos como MoU (Memorandum of Understanding), ou seja, documentos que estabelecem acordos de trabalho mútuo com o objetivo de fixar metas comuns aos países ou redes participantes do projeto. A participação dessas instituições, assim como a de membros norte-americanos, é aberta, ou seja, qualquer organização com interesse em estabelecer uma relação baseada em um MoU com a Internet 2, e com condições técnicas para tal, poderá fazê-lo. Em geral, as instituições interessadas são organizações comprometidas em atingir metas similares às da Internet2 em seus respectivos países, além de universidades, centros de pesquisa e instituições sem fins lucrativos.  A
arquitetura física da rede eletrônica que dá suporte
à Internet2 inclui a implantação de GigaPOPs. A função
principal do GigaPOP é o gerenciamento da troca do tráfego
Internet 2 de acordo com especificações de velocidade e
qualidade de serviços previamente estabelecidos através
da rede. Cada GigaPOP irá concentrar e administrar o tráfego
de dados originados e destinados a um conjunto de universidades e centros
de pesquisa localizados em uma mesma região geográfica.
A troca de dados entre os GigaPOPs é realizada atualmente por uma
rede de alto desempenho mantida pela National Science Foundation (NSF).
Esta rede possui restrições quanto ao tipo de tráfego
que transporta, permitindo seu uso apenas para as instituições
acadêmicas participantes da Internet 2.  Os
enlaces com as redes estrangeiras são estabelecidos através
de gateways de acesso nos dois backbones norte-americanos
que dão suporte à Internet 2: o vBNs - Very High Performance
Backbone Network System, da NSF, e a ABILENE, da UCAID - (University
Corporation for Advanced Internet Development) e empresas de tecnologia.
O vBNS utiliza IP sobre rede ATM, enquanto a rede Abilene usa enlaces
OC-48 em SONET sobre ATM no backbone, e participantes podem conectar-se
à OC-3c (155Mbps) ou OC-12c (611Mbps). Atualmente o consórcio
Internet 2 conta com o apoio e a participação não
só do grupo inicial de universidades, mas também de centros
de pesquisa, agências do governo e membros da indústria dedicados
ao desenvolvimento de novas tecnologias Internet de alto desempenho.  A
meta do projeto é desenvolver aplicações avançadas
da Internet que promovem a pesquisa e a educação das universidades
e, então, transferir o conhecimento e a tecnologia para a larga
comunidade Internet. No começo, a intenção era conseguir
que as aplicações que não funcionassem ou não
funcionassem muito bem, passassem a funcionar. Mas o entusiasmo e o interesse
pela I2 fez com que as novas aplicações tivessem largura
de banda, latência, jitter e necessidade de coordenação
- todos os desafios que devem ser encontrados em uma rede no modo fim-a-fim.  A
lista de aplicações que está sendo usada ou desenvolvidas
por membros I2 é grande. Algumas das aplicações de
pesquisa incluem modelo científico remoto e instrumento de controle,
alta performance de computação distribuída e navegação
de bancos de dados de grande escala. Outras aplicações facilitam
a educação em universidades com I2 e inclui alta resolução
interligada à realidade virtual para colaboração
multisite, treinando, o ensino à distância, imagens de diagnósticos
médicos em tempo real e bibliotecas de áudio e vídeo.  Uma
das mais fascinantes aplicações envolve uma colaboração
em ambiente virtual chamada CAVE, que permite ao usuário ver, ouvir
e até mesmo sentir um evento semelhante a um encontro ou um show
comercial em tempo real. É um cubo de lados iguais e dimensões
de uma pequena sala, às vezes com uma parede removível.
Usuários entram através dessa porta e, usando óculos
3D e um mouse de rádio freqüência, eles podem interagir
com imagens de alta resolução, projetadas nas paredes e
chão da CAVE, garantindo a sensação de imersão.
Luvas especiais permitem aos usuários experimentar o senso do tato
- cumprimentando, por um instante - outros usuários em ambiente
CAVE, em até mesmo outro continente. A CAVE está, cada vez
mais sendo usada comercialmente, não ainda na rede pública,
mas em de redes privadas. O próximo passo é trazer este
conceito de realidade virtual para o desktop.  A aplicação da CAVE é apenas um exemplo para mostrar que a Internet 2 já é realidade e permite a implementação de novas aplicações, até então inviáveis na Internet 1.
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